terça-feira, 19 de junho de 2012

Coroa das Sete Dores e dos Sete Gozos de São José ou Sete Domingos em honra de São José


Da vida de São Romualdo, escrita por São Pedro Damião

(Cap. 31 e 69; PL 144, 982-983; 1005-1006) (Sec. XI)

Renunciando a si mesmo e seguindo a Cristo

Romualdo habitou três anos na região de Parenzo: no primeiro, construiu um mosteiro e nele colocou uma comunidade de irmãos com o seu abade; nos outros dois viveu lá em recolhimento. A bondade divina elevou-o a tão alta perfeição que, inspirado pelo Espírito Santo, previu acontecimentos futuros e chegou à inteligência de alguns mistérios ocultos do Antigo e Novo Testamento.
Era arrebatado frequentemente a tão elevado grau de contemplação que, derramando abundantes lágrimas e inflamado no fogo do amor divino, tinha exclamações como esta: «Jesus, meu amado Jesus, para mim mais doce que o mel, desejo inefável, doçura dos Santos, suavidade dos Anjos!». Estes e outros sentimentos de alegria profunda a que o movia a acção do Espírito Santo, não somos nós capazes de os exprimir com palavras humanas.
Em qualquer sítio onde este santo varão se decidia a habitar, compunha na cela, antes de mais, um oratório com o seu altar e, fechando-se nela, isolava-se de toda agente.
Depois de ter vivido em vários lugares, sentindo já iminente o fim da sua vida, voltou definitivamente ao mosteiro que construíra em Vale de Castro. Aí, esperando como certa a proximidade da morte, mandou construir uma cela com o seu oratório, para nela se recolher e guardar silêncio até à morte.
Acabado este seu eremitério, dispôs-se imediatamente para nele se recolher. Mas começou a agravar-se o seu estado de fraqueza corporal, mais devido ao peso dos anos do que a alguma doença caracterizada. E assim, certo dia, sentiu que lhe faltavam as forças e se acentuava a fadiga causada pelas enfermidades. Ao pôr do sol, ordenou aos dois irmãos presentes que se afastassem e fechassem a porta e que voltassem de madrugada para rezar com ele o ofício matutino. Os irmãos, pressentindo a iminência da sua morte, saíram contra a vontade, mas não foram dormir; permaneceram junto da cela, a observar aquele seu tesouro de valor inestimável, temendo que pudesse morrer, de um momento para o outro, o seu mestre.
Não muito depois o interesse levou-os a escutar melhor. E não lhe ouvindo qualquer movimento do corpo nem o menor ressonar, convencidos já do que havia acontecido, empurraram a porta, entraram rapidamente e acenderam a luz. Encontraram o corpo do santo já cadáver e deitado de costas; a alma tinha voado para o Céu. Ali jazia ele, como pedra preciosa caída do Céu e abandonada, para ser colocada de novo, com todas as honras, no tesouro do Rei supremo.
 
  

    

Da vida de São Romualdo, escrita por São Pedro Damião

(Cap. 31 e 69; PL 144, 982-983; 1005-1006) (Sec. XI)

Renunciando a si mesmo e seguindo a Cristo

Romualdo habitou três anos na região de Parenzo: no primeiro, construiu um mosteiro e nele colocou uma comunidade de irmãos com o seu abade; nos outros dois viveu lá em recolhimento. A bondade divina elevou-o a tão alta perfeição que, inspirado pelo Espírito Santo, previu acontecimentos futuros e chegou à inteligência de alguns mistérios ocultos do Antigo e Novo Testamento.
Era arrebatado frequentemente a tão elevado grau de contemplação que, derramando abundantes lágrimas e inflamado no fogo do amor divino, tinha exclamações como esta: «Jesus, meu amado Jesus, para mim mais doce que o mel, desejo inefável, doçura dos Santos, suavidade dos Anjos!». Estes e outros sentimentos de alegria profunda a que o movia a acção do Espírito Santo, não somos nós capazes de os exprimir com palavras humanas.
Em qualquer sítio onde este santo varão se decidia a habitar, compunha na cela, antes de mais, um oratório com o seu altar e, fechando-se nela, isolava-se de toda agente.
Depois de ter vivido em vários lugares, sentindo já iminente o fim da sua vida, voltou definitivamente ao mosteiro que construíra em Vale de Castro. Aí, esperando como certa a proximidade da morte, mandou construir uma cela com o seu oratório, para nela se recolher e guardar silêncio até à morte.
Acabado este seu eremitério, dispôs-se imediatamente para nele se recolher. Mas começou a agravar-se o seu estado de fraqueza corporal, mais devido ao peso dos anos do que a alguma doença caracterizada. E assim, certo dia, sentiu que lhe faltavam as forças e se acentuava a fadiga causada pelas enfermidades. Ao pôr do sol, ordenou aos dois irmãos presentes que se afastassem e fechassem a porta e que voltassem de madrugada para rezar com ele o ofício matutino. Os irmãos, pressentindo a iminência da sua morte, saíram contra a vontade, mas não foram dormir; permaneceram junto da cela, a observar aquele seu tesouro de valor inestimável, temendo que pudesse morrer, de um momento para o outro, o seu mestre.
Não muito depois o interesse levou-os a escutar melhor. E não lhe ouvindo qualquer movimento do corpo nem o menor ressonar, convencidos já do que havia acontecido, empurraram a porta, entraram rapidamente e acenderam a luz. Encontraram o corpo do santo já cadáver e deitado de costas; a alma tinha voado para o Céu. Ali jazia ele, como pedra preciosa caída do Céu e abandonada, para ser colocada de novo, com todas as honras, no tesouro do Rei supremo.
 
  

            Oração preparatória

           Deus e Senhor meu, em Quem creio e espero e a Quem amo sobre todas as coisas, entre a multidão de meus pecados me confundo, e com sincero arrependimento peço-Vos perdão e clemência.
         Pesa-me de Vos ter ofendido, e proponho, com a vossa Divina Graça, nunca mais tornar a Vos ofender. Tende piedade de mim, Senhor. Escutai os meus rogos e não permitais que eu me separe de Vós.
        E vós, bondoso São José, intercedei por mim para que Jesus perdoe os meus pecados e derrame sobre minha alma os tesouros de sua Santa Graça para que eu possa fazer, com fruto, os Sete Domingos, em vossa honra e bem de minha alma.
        Lembrai-vos, meu doce protetor, que ne­nhum dos que têm implorado vosso auxílio tem ficado sem consolo. Animado desta confiança, venho à vossa presença neste dia, suplicando-vos as graças de que necessito e que espero conseguir de Jesus e Maria. Amém.


Orações para cada domingo




I Domingo

          Ó Esposo puríssimo de Maria Santíssima, glo­rioso São José, assim como foi grande a amar­gura de vosso coração na perplexidade de aban­donardes a vossa castíssima Esposa, assim foi indizível a vossa alegria quando pelo Anjo vos foi revelado o soberano mistério da En­car­nação.
          Por esta Dor e por este Gozo, vos pedimos a graça de consolardes agora e nas ex­tre­mas do­res, nossa alma, com a alegria de uma vida justa e de uma santa morte semelhante à vossa, assistidos por Jesus e por Maria.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.São José, rogai por nós.



II Domingo

          Ó felicíssimo Patriarca, glorioso São José, que fostes escolhido como Pai adotivo do Verbo hu­manado, a Dor que sentistes ao ver nascer em tanta pobreza o Deus Menino, se vos mudou em júbilo celeste ao ouvirdes a angélica harmonia e ao contemplardes a glória daquela brilhantíssima noite.
         Por esta Dor e por este Gozo, vos suplicamos a graça de nos alcançardes que, depois da jornada desta vida, passemos a ouvir os angélicos louvores e a gozar os resplendores da glória celeste.

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.
São José, sustentador do Filho de Deus, rogai por nós.


III Domingo

           Ó obedientíssimo das divinas Leis, glorioso São José, o sangue preciosíssimo que na Cir­cun­cisão derramou o Redentor-Menino vos trespassou o coração, mas o nome de Jesus vo-lo reanimou, enchendo-o de contentamento.
           Por esta Dor e por este Gozo, alcançai-nos viver sem pecado, a fim de expirar cheios de júbilo, com o nome de Jesus no coração e nos lábios.

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.
São José obedientíssimo, rogai por nós.



IVDomingo

         Ó fidelíssimo Santo, glorioso São José, que tam­bém tivestes parte nos mistérios de nossa redenção, se a profecia de Simeão a respeito do que Jesus e   Maria teriam de padecer vos causou mortal angústia, também vos encheu de sumo Gozo pela salvação e gloriosa Ressurreição que, como igualmente predisse, teria de resultar pa­ra inumeráveis almas.
         Por esta Dor e por este Gozo, obtende-nos que sejamos do número daqueles que, pelos mé­ri­tos de Jesus e pela intercessão da San­tís­sima Vir­gem sua Mãe, hão de ressuscitar glorio­sa­mente.

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.
São José fidelíssimo, rogai por nós.



V Domingo

          Ó vigilantíssimo custódio, íntimo familiar do Filho de Deus Encarnado, glorioso São José, quanto sofrestes para alimentar e servir o Filho do Altíssimo, particularmente na fuga com Ele para o Egito! Mas qual não foi também vosso Gozo por terdes sempre convosco o mesmo Deus e por verdes cair por terra os ídolos egípcios!
         Por esta Dor e por este Gozo, alcançai-nos que, afastando para longe de nós o infernal tirano, especialmente com a fuga das ocasiões peri­gosas, sejam derrubados de nossos corações to­dos os ídolos dos afetos terrenos, e que, inteiramente dedicados ao serviço de Jesus e de Ma­ria, para Eles somente vivamos e na alegria de seu amor expiremos.

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.
São José castíssimo, rogai por nós.




VI Domingo

          Ó anjo da Terra, glorioso São José, que cheio de pasmo vistes o Rei do Céu submisso a vossos mandados, se a vossa consolação, ao reconduzi-Lo do Egito, foi turbada pelo temor de Ar­que­lau, filho de Herodes, contudo, sossegado pelo Anjo, permanecestes alegre em Nazaré com Je­sus e Maria.
           Por esta Dor e por este Gozo, alcançai-nos a graça de desterrar do nosso coração todo temor nocivo, de gozar a paz de consciência, de viver seguros com Jesus e Maria, e também de morrer assistidos por Eles.

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.
São José, casto guarda da Virgem, rogai por nós.



VII Domingo

           Ó exemplar de toda a santidade, glorioso São José, perdestes sem culpa o Menino Jesus, e para maior angústia houvestes de buscá-Lo por três dias, até que, com sumo júbilo, gozas­tes do que era a vossa vida, achando-O no Templo en­tre os doutores.
          Por esta Dor e por este Gozo, vos suplicamos, com o coração nos lábios, que interponhais o vosso valimento para que nunca nos suceda perder a Jesus por culpa grave. Mas, se por desgraça O perdermos, com tão intensa dor O procuremos, que O achemos favorável, especialmente em nossa morte, para podermos glorificá-Lo no Céu e lá cantarmos eternamente suas divi­nas misericórdias.

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.
São José fortíssimo, rogai por nós.




Oração final

Ó Deus, que por vossa inefável providência Vos dignastes escolher o bem-aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima, concedei-nos, nós Vo-lo pedimos, que venerando-o aqui na Terra como protetor, mereçamos tê-lo no Céu como nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

São José rogai por nós!

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