sábado, 11 de maio de 2013

Domingo da Ascensão do Senhor










        Celebrar a ascensão do Senhor é celebrar a glorificação da raça humana. Desde a encarnação, Jesus elevou a raça humana se tornando um de nós em tudo exceto no pecado como nos diz São Paulo. E hoje quando recordamos a subida do Senhor aos Céus vemos um homem, totalmente homem, se elevando aos céus e sentando a direita do Pai, hoje temos um homem no céu alguém de nossa raça, nós que estávamos destinados a morte eterna fomos resgatados de nossa condição infernal para uma vida de glória ao lado de Deus e a grande prova é a ressurreição do Senhor e Sua elevação aos Céus.
        N’Ele temos uma nova condição, uma nova vida, quem O aceita como Salvador e Senhor estará com Ele na glória. Esta é a grande garantia de uma vida feliz por toda eternidade. Pense bem, toda humanidade tem agora uma nova condição, temos um homem andando no céu e sentado a direita do Pai, isto é nossa raça foi elevada ao grau de divindade, por isso que a Palavra nos diz: “Eu disse: Sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo”. (Sl 81, 6). Essa é a maior glória que poderíamos receber de Deus, isso é tudo, não nos falta mais nada. Pensar, meditar, contemplar a glória, nossa permanência eterna na casa do Pai em uma felicidade eterna e plena é o que deve mover a nossa vida na terra. 
        Assim veremos que nada tem mais valor, tudo é esterco, tudo é possibilidade de vivermos o grande amor de Deus - dor, sofrimento, calúnia, difamação, prejuízo, desamor, perseguição... - Tudo, verdadeiramente tudo, não é nada diante do que nos espera na glória e que foi conquistada por Cristo. Somos a raça escolhida o povo eleito:   “Vós, porém, sois uma raça escolhida, um sacerdócio régio, uma nação santa, um povo adquirido para Deus, a fim de que publiqueis as virtudes daquele que das trevas vos chamou à sua luz maravilhosa”. (1Pd 2, 9). 
           Como nos diz a segunda leitura: “Que ele abra o vosso coração à sua luz, para que saibais qual a esperança que o seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos, e que imenso poder ele exerceu em favor de nós que cremos, de acordo com a sua ação e força onipotente”.   Por isso que: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra”. E por isso que o Pai “o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor”. (Fil 2, 9-11).
        Jesus na obediência ao Pai veio ao mundo e recuperou o que os nossos primeiros pais entregaram nas mãos de satanás fazendo dele o príncipe deste mundo. Desde então nosso mundo estava mergulhado em trevas e não tínhamos nenhuma saída onde poderíamos agarrar. Jesus veio e resgatou pra nós se tornando o único Salvador e Senhor de todo o universo, mas a obra de Jesus não está acabada. Ele venceu a morte, o demônio e derrotou o príncipe deste mundo se tornando o Senhor de tudo, mas ainda não assumiu o que conquistou. Deus ainda nos dá outra chance, de livremente aceitarmos Jesus como nosso Salvador para podermos ir para a casa do Pai, ninguém é obrigado, ou se está sendo coagido por Deus, ou forçado a aceitar a salvação, mas, assim como aos nossos primeiros pais, Deus deu a liberdade de escolha colocando a sua frente à árvore do conhecimento do bem e do mal não abolindo a liberdade deles de escolher livremente a estar com Deus, assim esta mesma árvore continua a frente de cada um de nós para podermos escolher livremente e ficar com Deus por isso que Paulo nos fala: “Pai a quem pertence à glória, vos dê um espírito de sabedoria que vo-lo revele e faça verdadeiramente conhecer”. Se Jesus começou a obra que ainda não está terminada um dia Ele voltará para tomar posse de tudo o quanto conquistou, é isso que os “dois homens vestidos de branco, lhes disseram: ‘Homens da Galiléia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus que vos foi levado para o céu, virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu’”. Sim é a volta de Jesus - “Quando for dado o sinal, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o mesmo Senhor descerá do céu e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os vivos, os que estamos ainda na terra, seremos arrebatados juntamente com eles sobre nuvens ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor”. (1 Tes 4, 16-17). É o momento da posse de todo o universo. Hoje “sabemos que toda a criação geme e sofre como que dores de parto...”. (Rom 8, 22). Neste dia O Senhor virá como um ladrão: “Entretanto, virá o dia do Senhor como ladrão. Naquele dia os céus passarão com ruído, os elementos abrasados se dissolverão, e será consumida a terra com todas as obras que ela contém”. (II Pd 3, 10). Para os que vivem em função do mundo com suas concupiscências e mergulhados nas obras más, verão a fúria de um Rei que virá impor a justiça e o fim destes será desastroso por toda eternidade, mas aqueles que pertencem ao Senhor verão a maior glória ao ver a terra - nossa casa, de onde fomos gerados e que lutamos para construir um mundo melhor - restaurada e com a habitação plena de Deus em nosso meio.    Não haverá mais dores, enfermidades, destruição, inimizades, pois o antigo céu e a antiga terra se passaram e tudo se fez novo – “Vi, então, um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra desapareceram e o mar já não existia”. (Apoc 21, 1) (O mar neste texto representa o mundo com suas concupiscências). É isso que esperamos, temos que lutar com as armas do Senhor Jesus como seus soldados, sua milícia, para que o novo céu e a nova terra aconteçam rápido, o mais rápido possível, por isso que toda nossa Igreja clama desde pentecostes “Marana thá” – Vem Senhor – “Aquele que atesta estas coisas diz: Sim! Eu venho depressa! Amém. Vem, Senhor Jesus!”. (Apoc 22, 20)

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